Resenha de “Os Dois Morrem no Final” por Adam Silvera

Resenha de “Os Dois Morrem no Final” por Adam Silvera

Resenha de “Os Dois Morrem no Final” por Adam Silvera

Capa do livro "Os Dois Morrem no Final" ilustrando o encontro emocionante e transformador de Mateo e Rufus.

Título original: Os Dois Morrem no Final
Escritor(a): Adam Silvera
Série:
Editora: Intrínseca
Páginas: 416
Ano: 2021
Gênero: Ficção juvenil, Ficção de aventura, Literatura LGBT
Classificação:
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No dia 5 de setembro, pouco depois da meia-noite, Mateo Torrez e Rufus Emeterio recebem uma ligação da Central da Morte. A notícia é devastadora: eles vão morrer naquele mesmo dia.

Os dois não se conhecem, mas, por motivos diferentes, estão à procura de um amigo com quem compartilhar os últimos momentos, uma conexão verdadeira que ajude a diminuir um pouco a angústia e a solidão que sentem. Por sorte, existe um aplicativo para isso, e é graças a ele que Rufus e Mateo vão se encontrar para uma última grande aventura: viver uma vida inteira em um único dia.

Pense num livro que mexe com você de todas as formas possíveis, que te faz se apaixonar, dar risada, pensar na vida e até chorar, e que no final te deixa aquele vazio, aquela depressão pós-leitura.

Os Dois Morrem no Final do Adam Silvera, é exatamente esse tipo de história. Ela nos toca profundamente, trazendo personagens inesquecíveis e uma narrativa que nos faz questionar nossas idéias sobre o que é viver e o que é morrer.

No centro dessa história temos o Mateo Torrez, um jovem extremamente gentil com um coração enorme, sempre pronto para escutar e entender o lado de todo mundo. Ele até gosta de estar cercado por pessoas, mas volta e meia se pega preso nas próprias inseguranças e pelo medo, o que o impede de se aventurar mais pela vida. Ele leva a vida num modo reservado, meio que com o freio de mão puxado, fugindo de qualquer coisa que pareça arriscada ou que seja muito fora da sua zona de conforto, tudo isso por causa do medo do que não conhece e, no fim das contas, da morte.

Ao mesmo tempo, conhecemos Rufus Emeterio, outro jovem que é o oposto de Mateo em muitos jeitos, mas ao mesmo tempo, os dois se completam. Enquanto Mateo prefere ficar na dele e evitar riscos, Rufus é do tipo que não tem medo de se jogar na vida. Ele é aventureiro, fala o que pensa e tenta aproveitar cada momento ao máximo. Rufus se destaca por ser super fiel aos amigos e ter um forte senso do que é justo. Mesmo que às vezes ele pareça meio durão, e de às vezes resolver as coisas na base do “vamos conversar com as mãos”, por dentro tem um coração de ouro e se preocupa muito com quem está ao seu redor, tratando seus amigos íntimos como se fossem a família que ele escolheu pra si.

A Central da Morte está me ligando com o aviso mais importante que recebemos durante a vida: vou morrer hoje.

Mateo e Rufus têm suas vidas viradas de cabeça para baixo depois de receberem uma ligação da Central da Morte, uma empresa que, de forma inesperada, avisa as pessoas de que elas vão morrer naquele mesmo dia. Diante dessa notícia chocante, os coloca em uma jornada juntos, onde decidem aproveitar o último dia ao máximo, mesmo com o peso da morte se aproximando. Eles se encontram através de um aplicativo chamado “Último Amigo”, que conecta pessoas vivendo suas últimas 24 horas, e decidem enfrentar esse último dia juntos, prometendo viver cada momento ao máximo. O livro mergulha fundo na ideia de como saber que a morte tá logo ali pode mudar completamente a maneira como a gente vê a vida, motivando os dois a aproveitarem cada segundo com mais intensidade e significado, cientes de que o final pode estar bem mais perto do que imaginam.

A história se passa num lugar bem parecido com o nosso mundo, só que tem uma diferença crucial: a Central da Morte. Uma entidade que avisa as pessoas quando é o último dia de vida delas. Esse detalhe joga no meio da história um dilema daqueles, recheado de suspense e um montão de mistério, que faz tanto os personagens quanto quem tá lendo parar pra pensar no que realmente vale a pena na vida. Tipo, o que você faria se soubesse que está com as horas contadas?

A amizade entre Rufus e Mateo é daquelas que muda o jogo para os dois. O Rufus meio que dá aquele empurrãozinho pro Mateo se aventurar mais, sair da bolha e curtir a vida sem tantas amarras. E do outro lado, a maneira como o Mateo é mais sensível e pé no chão mostra pro Rufus o quanto vale a pena dar uma pausada, valorizar a calmaria e os momentos sinceros de estar junto com alguém. Mas eles não estão juntos só porque o destino deles se cruzou; tem algo mais. É sobre encontrar alguém que te entende, te apoia e te dá carinho justo quando você mais precisa. Quando tudo parece meio sem esperança, eles acham um no outro um porto seguro. Aos poucos, essa amizade deles vai crescendo e se tornando algo ainda mais profundo.

Não importa quando todos nós encontramos o nosso fim. Ninguém continua vivendo para sempre, mas o que deixamos para trás nos mantém vivos para outras pessoas.​

A narração é em primeira pessoa alternada entre Mateo e Rufus, o que nos coloca bem no meio do que eles estão sentindo e das escolhas que têm que fazer sabendo que o tempo deles tá acabando. O livro mergulha na ideia de se conectar com os outros, dar valor a cada segundo e pensar: “E se a gente soubesse que não tem muito tempo?” Com personagens incríveis e momentos que mexem com a gente de jeito, o Silvera nos puxa para uma reflexão bem profunda sobre o que é viver, o que é morrer e o peso dessas coisas na balança da vida.

Mesmo que o título dê uma de spoiler sobre o final dos personagens, o caminho até chegar lá é recheado de momentos marcantes e cheios de emoção, que nos fazem parar pra pensar na nossa vida e nas escolhas que a gente faz. É o tipo de história que acerta em cheio o coração e faz com que a gente passe a dar mais valor a cada instante que temos. Esse livro é daqueles que te prendem do início ao fim, cheio de valor, super recomendo pra quem tá procurando uma história que tanto te desafia quanto te inspira. Ah, e já aviso: é bom ter uns lencinhos por perto.

Perguntas Frequentes

Qual é o tema central de “Os Dois Morrem No Final”?

O livro explora temas como mortalidade, amizade, amor e como escolhemos viver nossos últimos momentos. Enfatiza a importância de viver plenamente, independentemente do tempo que nos resta.

Os personagens principais sabem que vão morrer desde o início do livro?

Sim, os protagonistas Mateo e Rufus recebem uma notificação da Central da Morte informando que morrerão naquele dia. O livro acompanha as últimas 24 horas de suas vidas.

Como Mateo e Rufus decidem passar seu último dia?

Eles escolhem viver suas últimas horas ao máximo, fazendo atividades que nunca fizeram antes e criando memórias significativas, apesar do pouco tempo que têm.

O que o livro diz sobre as relações humanas?

“Os Dois Morrem No Final” destaca a importância das conexões humanas, mostrando como relacionamentos significativos podem ser formados rapidamente e ter um impacto profundo em nossas vidas.

Qual é a mensagem que o autor quer passar com a história?

Adam Silvera busca transmitir a mensagem de que devemos valorizar cada momento da vida, enfrentar nossos medos e viver autenticamente, pois não sabemos quanto tempo nos resta.

Há algum elemento de romance no livro?

Sim, desenvolve-se um relacionamento romântico entre Mateo e Rufus, que é central para a história e adiciona uma camada de profundidade emocional ao enredo.

O livro oferece alguma reflexão sobre a morte e o luto?

Definitivamente. O livro incita reflexões sobre como lidamos com a iminência da morte, tanto pessoalmente quanto em relação a pessoas próximas, e como isso afeta nossas escolhas e percepções.

“Os Dois Morrem No Final” é apropriado para leitores jovens?

Sim, embora trate de temas profundos como morte e luto, é apresentado de maneira acessível e pode ser apropriado para leitores adolescentes e adultos jovens.

 

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