Resenha de “A Viagem de Chihiro”: Embarque na Magia

Resenha de “A Viagem de Chihiro”: Embarque na Magia

A Viagem de Chihiro: Entre Porcos Mágicos e Banhos de Espíritos

Hoje eu quero falar sobre um dos filmes de animação mais mágicos e inesquecíveis de todos os tempos: A Viagem de Chihiro. Se você já viu esse clássico do Studio Ghibli, sabe do que estou falando. E se não viu, prepare-se para embarcar em uma aventura incrível junto com a jovem Chihiro, que se vê presa em um mundo cheio de espíritos, deuses e criaturas fantásticas. Lançado em 2001, rapidamente se tornou um fenômeno global. E não é por menos que levou o Oscar de Melhor Animação pra casa. E, sinceramente, foi super merecido.

Lembra daquela sensação de descobrir um lugar completamente novo e diferente, onde tudo é possível e as regras do nosso mundo não se aplicam? Pois é exatamente isso que esse filme faz com a gente. Ele nos transporta para um universo paralelo, cheio de cores vibrantes, personagens cativantes e uma história que vai te prender do começo ao fim.

Mas calma, não vou dar todos os spoilers agora. Vamos mergulhar juntos nessa viagem e explorar cada detalhe dessa obra-prima de Hayao Miyazaki. Prometo que vai ser uma jornada emocionante e cheia de surpresas. Então, pegue sua pipoca, acomode-se bem e venha comigo descobrir o que faz de A Viagem de Chihiro um filme tão especial e querido por milhões de pessoas ao redor do mundo. Vamos lá?

A Viagem de Chihiro

Cena icônica de "A Viagem de Chihiro" mostrando Chihiro e Haku voando sobre um panorama místico.

Título original: Sen to Chihiro no Kamikakushi
Direção: Hayao Miyazaki
Produção: Toshio Suzuki
Roteiro: Hayao Miyazaki
Ano: 2001
Classificação:
Gênero: Fantasia, Aventura

 

Tudo começa com a Chihiro, uma menina de 10 anos, que está meio emburrada porque seus pais estão de mudança para uma nova cidade. Quem nunca, né? Mudanças são sempre complicadas, especialmente quando você é criança e tem que deixar seus amigos para trás. No caminho para a nova casa, os pais de Chihiro decidem fazer um pequeno desvio e acabam encontrando um túnel misterioso. E o que eles fazem? Decidem explorar, é claro!

Ao atravessar o túnel, eles se deparam com uma cidadezinha deserta, mas muito estranha. Parece uma daquelas cidades fantasmas, mas com um toque de magia no ar. E, como bons exploradores, eles vão dar uma olhada mais de perto. Enquanto seus pais encontram um banquete super tentador em um restaurante que, por algum motivo bizarro, ainda estava funcionando como se fosse um oásis no meio do deserto (mesmo sem ter ninguém por ali), eles não pensam duas vezes e começam a comer. Chihiro, por sua vez, decide dar uma volta para explorar. Porém, ao voltar, ela percebe algo assustador: seus pais se transformaram em porcos! É isso mesmo, pessoal, porcos!

Desesperada e sem saber o que fazer, Chihiro encontra um garoto misterioso chamado Haku, que lhe dá algumas instruções para sobreviver naquele mundo estranho e tentar salvar seus pais. Ele lhe diz que ela precisa encontrar um emprego na casa de banhos, um lugar onde espíritos vêm para relaxar. Aí que entra Yubaba, uma bruxa poderosa que controla o lugar. Ela é a chefe durona que adora complicar a vida dos outros. A partir daí, a aventura realmente começa.

Yubaba dá a Chihiro um novo nome, Sen (porque, aparentemente, a Yubaba adora mudar o nome das pessoas para controlá-las), como parte do contrato de trabalho, e faz ela esquecer seu nome verdadeiro. Isso é um truque para manter todos sob seu controle, mas Chihiro, agora Sen, está determinada a encontrar uma maneira de resgatar seus pais.

Chihiro, agora com o novo nome de Sen, começa a trabalhar na casa de banhos. E vou te dizer, não é nada fácil. Ela passa por várias provações e conhece personagens muito peculiares, como a Lin, que se torna uma espécie de amiga e guia, e Kamaji, o homem-aranha que trabalha na sala das caldeiras. É um mundo cheio de espíritos e criaturas mágicas, cada uma mais estranha e fascinante que a outra.

Durante sua estadia, Chihiro acaba chamando atenção do Sem Rosto, um espírito misterioso que acaba causando muita confusão. Sem Rosto é um espírito solitário que se sente atraído pela bondade de Chihiro e tenta ganhar sua afeição oferecendo ouro. Mas, como dizem, nem tudo que reluz é ouro, e ele acaba virando uma ameaça ao consumir outros espíritos e absorver suas características. As coisas ficam bem caóticas, mas Chihiro consegue manter a calma e resolver a situação com sua gentileza e determinação.

Agora, vamos falar um pouquinho sobre o Haku (meu crush da infância). Esse garoto é um mistério ambulante! Desde o começo, ele parece conhecer a Chihiro há muito tempo, mesmo que ela não faça a menor ideia de quem ele seja. E isso deixa a gente com a pulga atrás da orelha.

Haku é um garoto misterioso que deixa a Chihiro meio confusa, sem saber se pode confiar nele ou não. Ele ajuda Chihiro em vários momentos, mas sempre tem aquele ar enigmático, como se estivesse escondendo algo. E, claro, ele está! Ao longo da história, vamos desvendando mais sobre o passado dele e descobrimos que ele não é apenas um garoto qualquer. Haku tem uma conexão muito especial com Chihiro, uma história que remonta a tempos que ela nem lembra.

E é aí que o filme fica ainda mais interessante. Conforme vamos conhecendo melhor o Haku, entendemos suas motivações e porque ele está tão determinado a proteger Chihiro. Ele tem seus próprios problemas e desafios para enfrentar, e ver como esses dois personagens se ajudam e crescem juntos é simplesmente fantástico.

Deixa eu contar uma coisa para vocês: A Viagem de Chihiro é, sem dúvida, um dos meus filmes favoritos de todos os tempos. E não é à toa! Esse filme é simplesmente mágico, daqueles que te prendem desde a primeira cena e te fazem viajar para um mundo completamente diferente. Sério, toda vez que assisto, me sinto transportado para aquele universo incrível criado pelo mestre Hayao Miyazaki.

Primeiro de tudo, a história é fantástica. A gente acompanha a Chihiro, uma menina que começa como uma criança comum e, de repente, se vê em um mundo cheio de espíritos e deuses. É uma jornada de crescimento e autodescoberta que me emociona toda vez. E a transformação dela ao longo do filme é incrível – ver como ela vai ganhando coragem e se tornando mais forte é inspirador.

E os personagens? Gente, como não amar o Haku, o misterioso garoto, ou o Sem Rosto, aquele espírito que a princípio parece assustador, mas no fundo só está perdido e solitário? Cada personagem tem uma profundidade e uma história própria, o que faz a gente se apegar ainda mais a eles.

Sem falar na animação em si, que é simplesmente M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A. As cores, os detalhes, a forma como o mundo mágico é construído – tudo é tão lindo e bem-feito que ativa meu lado artístico e me dá uma vontade louca de pausar cada cena para desenhar. E a trilha sonora do Joe Hisaishi? Gente, é perfeita demais! (E claro, já está na minha playlist do Spotify, porque não dá para viver sem essas músicas). As músicas complementam perfeitamente o clima do filme e nos envolvem ainda mais na história.

Mas olha, A Viagem de Chihiro vai muito além de ser só uma história sobre uma menina perdida num mundo mágico. Esse filme é uma verdadeira aula sobre crescer, enfrentar seus medos e a importância de lembrar quem você é. E sabe o que é mais incrível? Ele faz isso de uma maneira tão sutil e encantadora que você nem percebe que está aprendendo tudo isso enquanto assiste.

E tem mais! O filme também dá umas cutucadas certeiras sobre consumismo e a maneira como a gente trata o meio ambiente. Lembra dos pais da Chihiro se transformando em porcos porque não conseguiam parar de comer? Pois é, uma crítica bem direta sobre ganância e excesso. E quando ela ajuda a purificar o espírito poluído na casa de banhos? Uma lição poderosa sobre a importância de cuidar do nosso planeta.

Esse filme marcou minha infância de um jeito muito especial. Foi o primeiro filme do Hayao Miyazaki que assisti lá por volta de 2008 ou 2009… sinceramente, não lembro exatamente o ano. Só sei que desde então, fiquei completamente encantado! Enfim, mesmo agora, na fase adulta, ele ainda traz aquele toque de nostalgia e emoção. Sabe aquela sensação de voltar no tempo e reviver momentos mágicos? Pois é, é exatamente isso. Toda vez que assisto, no final, fico com um vazio no peito, como se estivesse me despedindo de um velho amigo. É uma mistura de saudade e uma vontade de viver uma aventura tão incrível quanto a da Chihiro. É impressionante como A Viagem de Chihiro consegue tocar nosso coração, não importa a idade.

Se você ainda não viu, tá esperando o quê? É uma experiência que, eu garanto, vai muito além do que qualquer palavra pode descrever. E se já viu, que tal rever e se encantar de novo com essa obra-prima? Eu garanto que, independentemente de quantas vezes você assista, sempre vai se emocionar com a história de Chihiro. É, sem dúvida, um filme que vale a pena ver de novo.

 

Perguntas Frequentes:

O que simboliza a transformação dos pais de Chihiro em porcos?

A transformação dos pais de Chihiro em porcos é um simbolismo rico e multifacetado. Primeiramente, atua como uma crítica ao consumismo e à gula, representando como o excesso e a falta de consciência podem levar à degradação. Além disso, serve como o catalisador para a jornada de Chihiro, forçando-a a sair da sua zona de conforto e amadurecer para salvar sua família.

Quem é Haku e qual é o seu papel na história?

Haku é um dos personagens centrais em “A Viagem de Chihiro”. Ele é um garoto misterioso que Chihiro encontra no mundo espiritual. Haku tem a habilidade de se transformar em um dragão e possui uma ligação profunda com os rios e a água. Seu papel na história é duplo: ele atua como protetor e guia para Chihiro em sua jornada, enquanto lida com sua própria história e busca recuperar sua verdadeira identidade e nome, que foram roubados por Yubaba.

Qual é a importância do nome em “A Viagem de Chihiro”?

O nome possui uma importância crucial em “A Viagem de Chihiro”. No mundo espiritual governado por Yubaba, a bruxa rouba o nome de Chihiro, renomeando-a como Sen, como parte de seu controle sobre os trabalhadores. A perda do nome simboliza a perda da identidade e da liberdade. A luta de Chihiro para lembrar seu nome e o esforço para recuperar os nomes dos outros personagens, como Haku, ressaltam a temática da busca pela identidade própria e a libertação da opressão.

“A Viagem de Chihiro” é adequado para todas as idades?

Sim, “A Viagem de Chihiro” é um filme que transcende as barreiras da idade, sendo adequado e apreciado por crianças, adolescentes e adultos. Embora apresente temas complexos como crescimento pessoal, responsabilidade e crítica social, ele faz isso de uma maneira acessível e encantadora, com personagens carismáticos e uma história cativante. A riqueza visual e a profundidade emocional do filme também garantem que espectadores de todas as idades possam encontrar algo para apreciar e refletir.

 

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