Resenha de “Alice: Madness Returns”: Um Mergulho na Loucura

Resenha de “Alice: Madness Returns”: Um Mergulho na Loucura

Alice: Madness Returns: Entre Loucura e Realidade no País das Maravilhas Distópico

Você já se perguntou o que aconteceria se Alice no País das Maravilhas fosse reimaginado como um conto de horror psicológico? Não? Pois é, eu também não, até descobrir Alice: Madness Returns. Imagine só: uma Alice mais velha, cheia de traumas e com um quê de heroína gótica, enfrentando um País das Maravilhas totalmente distorcido e sombrio, e que está tentando juntar os pedaços de sua mente fragmentada. E acredite, a jornada dela é tão sombria quanto fascinante.

Se você acha que já viu de tudo em adaptações dessa história clássica, prepare-se, porque esse jogo leva tudo para um novo nível de insanidade e aventura. Esqueça os chás malucos e os sorrisos enigmáticos – aqui, tudo é mais sombrio e distorcido. Desde o Gato de Cheshire, que continua misterioso, mas com um toque macabro, até a Rainha de Copas, que é pura tirania e loucura. Acompanhe Alice nessa jornada surreal onde ela enfrenta criaturas grotescas, desvenda segredos obscuros e luta contra a insanidade. E, quem sabe, depois dessa aventura, você também vai olhar para Alice no País das Maravilhas com outros olhos.

Alice: Madness Returns

Alice encarando desafios no sombrio e distorcido País das Maravilhas em "Alice: Madness Returns".

Título original: Alice: Madness Returns
Desenvolvedor: Spicy Horse
Plataforma: PC, PlayStation 3, Xbox 360
Modo: Um jogador (Single Player)
Ano: 2011
Classificação:
Gênero: Ação-aventura, Terror

 

A história começa na sombria Londres vitoriana, onde encontramos Alice Liddell, uma jovem que está completamente perturbada depois de perder toda sua família em um trágico incêndio. Alice não está bem da cabeça, e quem pode culpá-la? Ela passou anos no Asilo Rutledge, tentando lidar com seus traumas. Agora, ela está sob os cuidados do Dr. Angus Bumby, um psiquiatra que usa hipnose para ajudar seus pacientes a esquecerem suas memórias dolorosas. Mas Alice não quer esquecer. Ela quer respostas.

Logo de cara, Alice começa a ter visões estranhas do País das Maravilhas, mas não aquele cheio de cor e magia que a gente conhece. Esse País das Maravilhas está completamente distorcido, corroído por uma força maligna chamada Ruína. Determinada a salvar esse mundo fantástico e, quem sabe, a si mesma, Alice mergulha de cabeça nesse universo insano.

Assim que Alice chega ao País das Maravilhas, a gente percebe que nada é o que parece. Os cenários são surreais e perturbadores, cheios de detalhes macabros que refletem o estado mental de Alice. Ela encontra o Gato de Cheshire, aquele felino sorridente e enigmático que todos conhecemos, mas aqui ele está mais sombrio e misterioso. O Gato é uma espécie de guia para Alice, oferecendo conselhos enigmáticos e às vezes sarcásticos.

A jornada de Alice é dividida em vários capítulos, cada um representando diferentes regiões do País das Maravilhas. Primeiro, ela passa pelo Vale das Lágrimas, um lugar melancólico e deprimente que reflete a tristeza profunda de Alice. Aqui, ela começa a perceber que a Ruína está destruindo tudo, e precisa encontrar uma forma de detê-la.

Alice encarando desafios no sombrio e distorcido País das Maravilhas em "Alice: Madness Returns".

 

Depois, Alice vai para a Oficina do Chapeleiro Maluco, que é basicamente uma fábrica mecânica cheia de engrenagens e vapor. O Chapeleiro, que sempre foi meio doido, está ainda mais pirado nesse jogo. Ele precisa da ajuda de Alice para consertar sua fábrica e, em troca, dá a ela algumas dicas sobre o que está acontecendo.

E por falar em personagens malucos, não dá pra deixar de lado a Rainha de Copas, né? Ela é praticamente a definição de tirania e controle total. Sempre que aparece no jogo, é um lembrete constante dos traumas da Alice. Cada encontro com a Rainha de Copas é super intenso e cheio de simbolismo, mostrando o quanto Alice precisa encarar seus próprios medos e toda a opressão que sente.

Enquanto Alice avança pelo País das Maravilhas, ela encontra outras figuras conhecidas, como a Lagarta, que oferece sabedoria e enigmas que ajudam Alice a refletir sobre sua situação. Cada personagem que Alice encontra tem um papel crucial em sua jornada, ajudando-a a montar o quebra-cabeça de sua mente fragmentada.

A narrativa do jogo é construída em torno de capítulos, cada um representando um aspecto da loucura de Alice e do País das Maravilhas. Cada capítulo tem seu próprio cenário único e criaturas bizarras para enfrentar. Desde um mundo subaquático habitado por peixes antropomórficos até um teatro de bonecos macabros, a imaginação sombria dos criadores do jogo não conhece limites.

Enquanto isso, no mundo real, Alice começa a juntar as peças do que realmente aconteceu no incêndio que matou sua família. E é aqui que a história dá uma reviravolta sinistra: Dr. Bumby, o psiquiatra aparentemente benevolente, é revelado como o verdadeiro vilão. Ele é responsável pelo incêndio e tem usado sua prática de hipnose para apagar as memórias das crianças e explorá-las. Alice, então, percebe que precisa confrontar Bumby tanto no mundo real quanto no País das Maravilhas para finalmente encontrar paz.

Alice: Madness Returns é uma história sobre trauma, loucura e a luta pela sanidade. A jornada de Alice é tanto uma aventura sombria quanto uma exploração profunda de sua psique. O jogo nos mostra que, às vezes, a verdadeira batalha é contra os demônios internos, e que enfrentar a verdade, por mais dolorosa que seja, é o primeiro passo para a cura.

Pessoal, eu preciso dizer, Alice: Madness Returns é um jogo que me pegou de surpresa e me prendeu do começo ao fim. Sério, eu nunca imaginei que uma história que já conhecemos tão bem pudesse ser reimaginada de uma maneira tão sombria e psicologicamente profunda. A Alice que encontramos aqui não é aquela menina curiosa que segue um coelho branco por um buraco – ela é uma jovem marcada por traumas e lutando para juntar os pedaços da sua sanidade. E isso torna o jogo incrivelmente envolvente.

Primeiro de tudo, a atmosfera do jogo é simplesmente fantástica. Cada cenário é tão detalhado e sombrio que você realmente se sente dentro de um pesadelo. É tipo um Tim Burton misturado com Salvador Dalí, sabe? Um toque de surrealismo com uma pitada de terror psicológico. Tem horas que você só quer parar e admirar a bizarrice dos cenários.

E a Alice, gente? Que personagem complexa e fascinante! Ela não é só uma mocinha indefesa; ela é forte, corajosa e tem que lidar com uns demônios internos pesados. Eu fiquei super envolvido na história dela, querendo saber mais sobre seu passado e como ela ia conseguir superar tudo aquilo. As revelações sobre o incêndio que matou a família dela me deixaram de queixo caído!

Os personagens que ela encontra pelo caminho são outro show à parte. O Gato de Cheshire com aquele sorriso enigmático, o Chapeleiro Maluco que é um verdadeiro gênio do caos, e até os vilões, que são assustadoramente fascinantes. Cada um deles adiciona uma camada a mais na história, tornando tudo ainda mais interessante.

E as armas, gente? Quem diria que uma faca de cozinha, um cavalo de pau e um moedor de pimenta poderiam ser tão legais? A variedade de armas que Alice usa para lutar contra as criaturas grotescas do País das Maravilhas é simplesmente genial. Cada arma tem seu próprio estilo e utilidade, e é muito satisfatório ver Alice descer a porrada em monstros com tanta classe e estilo. Sem falar que todas essas armas têm um simbolismo forte, refletindo os mecanismos de defesa psicológica dela. É uma maneira brilhante de conectar a jogabilidade à narrativa.

Por fim, não posso deixar de falar sobre a trilha sonora. Chris Vrenna, que já foi membro da banda Nine Inch Nails, fez um trabalho incrível. A música é assombrosa e perfeitamente adequada para o clima do jogo. Ela realmente te puxa para dentro desse mundo distorcido e te faz sentir cada momento de tensão e alívio.

No final das contas, Alice: Madness Returns é um jogo que mexe com a cabeça da gente. Ele não é só um jogo de ação e aventura, mas também uma viagem psicológica intensa. Eu recomendo demais pra quem gosta de uma boa história e não tem medo de explorar os cantos mais sombrios da mente.

OBS: Alice: Madness Returns é a continuação de American McGee’s Alice, um jogo lançado lá em 2000 que deu uma reviravolta na clássica história de Alice no País das Maravilhas do Lewis Carroll. Eles adicionaram uma camada sombria e perturbadora na narrativa! E leva a história da Alice clássica para um nível completamente novo de escuridão e psicose. É uma viagem e tanto!

 

Perguntas Frequentes:

Qual é o gênero de “Alice: Madness Returns”?

“Alice: Madness Returns” é um jogo de aventura e ação com elementos de plataforma e quebra-cabeças.

“Alice: Madness Returns” é adequado para crianças?

Não, o jogo é destinado a um público mais adulto, devido à sua temática sombria, violência e representações perturbadoras.

“Alice: Madness Returns” é baseado no livro “Alice no País das Maravilhas”?

O jogo é inspirado no clássico de Lewis Carroll, mas apresenta uma narrativa e interpretação única, com uma atmosfera muito mais sombria e adulta.

A história de “Alice: Madness Returns” é uma continuação direta do jogo anterior?

Sim, é uma continuação de “American McGee’s Alice”, com eventos que se passam após o primeiro jogo, abordando as consequências psicológicas enfrentadas por Alice.

Em quais plataformas “Alice: Madness Returns” está disponível?

O jogo está disponível para PC, PlayStation 3 e Xbox 360.

 

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