Resenha de “Hana Yori Dango”: Amores e Encrencas na Escola de Elite

Resenha de “Hana Yori Dango”: Amores e Encrencas na Escola de Elite

Hana Yori Dango: Paixões e Desafios na Vida de uma Garota Comum

Sabe aquela sensação de nostalgia que bate quando a gente lembra de um clássico que marcou a nossa adolescência? Pois é, foi exatamente isso que eu senti ao pensar em Hana Yori Dango conhecido também como Boys Over Flowers. Se você é fã de animes e dramas japoneses, provavelmente já ouviu falar desse título que é praticamente um ícone da cultura pop lá no Japão. E se não ouviu, bem, tá na hora de conhecer essa história que é um verdadeiro tsunami de emoções!

Lembra de quando a gente assistia aqueles animes que tinham tudo: romance, drama, brigas épicas e personagens que faziam a gente querer entrar na tela pra dar uns conselhos (ou uns tapas, vai)? Hana Yori Dango é exatamente isso! Com um toque de drama escolar e um pouco (ou muito) de exagero, essa história consegue te prender do começo ao fim. Quem nunca quis dar aquela bela sacudida na protagonista teimosa ou no mocinho que só faz besteira, né?

Mas calma, se você acha que vai ser só mais uma história de romance clichê, pode se preparar para ser surpreendido. O que começa como uma história sobre bullying e diferenças de classe, logo se transforma em uma montanha-russa de sentimentos, cheia de reviravoltas e momentos que vão te fazer rir, chorar e, claro, torcer loucamente pelos personagens. Então, se você tá aí de bobeira procurando algo pra maratonar ou só quer relembrar esse clássico, vem comigo que eu vou te contar tudo sobre Hana Yori Dango!

Hana Yori Dango

 Capa do anime Hana Yori Dango com Tsukushi e os membros do F4.

Título original: 花より男子 (Melhor doces do que flores)
Autor(a): Masashi Kishimoto
Diretor: Hayato Date
Estúdio: Studio Pierrot
Episódios: 220
Especial: 10
Filme: 3
Status do Anime: Completo
Ano: 2002
Gênero: Aventura, ação, fantasia, shounen

 

A história gira em torno de Tsukushi Makino, uma garota de origem humilde que vive uma situação bem complicada. Sua família é pobre, mas, ainda assim, eles têm grandes ambições para ela. Eles sonham que Tsukushi consiga um futuro brilhante, de preferência ao lado de um herdeiro milionário. Por isso, fazem de tudo para que ela possa estudar na prestigiada Eitoku Gakuen, uma escola onde só a elite do Japão frequenta. Estamos falando dos filhos dos super-ricos, daqueles que não sabem o que é pegar ônibus ou contar moedas no fim do mês. Já dá pra imaginar que Tsukushi é tipo um peixe fora d’água nesse ambiente.

É difícil pagar os custos dessa escola. A família Makino vive se apertando, cortando despesas e se sacrificando ao máximo para manter Tsukushi nesse ambiente todo luxuoso, acreditando que talvez ela consiga se casar com alguém rico e melhorar de vida. Só que, na verdade, Tsukushi não pensa assim. Ela só quer terminar os estudos e sair daquele lugar que mais parece um campo de batalha do que uma escola.

Desde o início, a Tsukushi se destaca por ser uma garota forte e determinada. Ela não se deixa abalar pelas diferenças de classe e tenta manter a cabeça erguida, apesar de estar cercada por colegas esnobes. Só que a coisa toda começa a desandar quando ela cruza o caminho do famoso F4.

Na escola dela, quem manda é um grupo chamado F4, formado pelos quatro caras mais ricos e populares do lugar. Eles são praticamente os donos da escola, e ninguém se atreve a desafiar a autoridade deles. O líder desse grupo é Tsukasa Domyoji, um cara arrogante, mimado e que está acostumado a ter tudo do jeito dele. No começo, ele é aquele tipo de bad boy que você adora odiar. Junto com ele, tem o Rui Hanazawa, que é mais quieto e reservado, e os outros dois membros que, sinceramente, são meio que figurantes a maior parte do tempo: Sojiro Nishikado, um playboy charmoso, e Akira Mimasaka, que é o mais tranquilo e amigável do grupo.

Agora, deixa eu te contar como a Tsukushi acaba chamando a atenção do F4. Certo dia, sua única amiga esbarra acidentalmente em Tsukasa, o que já seria motivo suficiente para o cara explodir de raiva. Mas quem assume a responsabilidade é a própria Tsukushi, que não fica intimidada pela presença do poderoso F4 e enfrenta Tsukasa de frente. Isso, claro, faz com que ela se torne alvo do famoso “cartão vermelho” do F4, que basicamente é um sinal para todos os alunos tornarem a vida da pessoa um inferno.

A partir desse ponto, a vida de Tsukushi vira um pesadelo. Ela é constantemente intimidada e atormentada pelos outros alunos, mas o que surpreende todo mundo (inclusive o F4) é que ela não se dobra diante da pressão e resolve enfrentar o bullying de cabeça erguida. Ela é forte, tem um senso de justiça e uma língua afiada. E é exatamente isso que acaba chamando a atenção do Tsukasa. Ele, que nunca tinha encontrado alguém que se opusesse a ele dessa maneira, começa a ficar interessado nela, mas de um jeito meio estranho. Primeiro, ele quer quebrar o espírito dela, mas aos poucos, esse ódio se transforma em algo diferente… Sim, ele começa a se apaixonar por ela! O problema é que Tsukushi, claro, odeia o Tsukasa. Quem poderia culpá-la, né?

Tsukushi, apesar de tudo, tem uma quedinha pelo Rui, o membro mais reservado do F4. Ele é tudo o que Tsukasa não é: gentil, calmo e, aparentemente, desinteressado em causar problemas. Só que o Rui tem seu próprio drama: ele é apaixonado por Shizuka Todo, uma modelo, ex-aluna da escola e amiga de longa data que o ajudou muito no passado. Só que as coisas entre eles são complicadas, e isso deixa Rui meio perdido. Às vezes, parece que ele está usando Tsukushi para tentar esquecer Shizuka. E aí fica a dúvida: ele realmente gosta de Tsukushi ou só está tentando preencher um vazio? Tsukushi vê isso e seu coração, pobre coitada, acaba se machucando.

E, para a sorte ou azar da Tsukushi, o Rui também parece se importar com ela de uma forma especial. Então, temos o famoso triângulo amoroso, com a Tsukushi no meio, confusa e sem saber o que fazer com seus sentimentos.

Enquanto isso, o Tsukasa vai se esforçando para conquistar o coração da Tsukushi, mas o cara é meio desajeitado, sabe? Ele nunca teve que lutar por nada na vida, muito menos por uma garota que não se impressiona com seu dinheiro e status. É engraçado e, ao mesmo tempo, frustrante ver como ele tenta se aproximar dela, fazendo coisas malucas e, às vezes, até erradas, mas com a melhor das intenções. Aos poucos, a gente começa a ver um lado mais vulnerável do Tsukasa, alguém que está descobrindo o que é amar de verdade pela primeira vez. Só que a Tsukushi, sendo teimosa como é, continua resistindo aos avanços dele, ainda com o Rui na cabeça.

Aí entra o Kazuya Aoike, um amigo de infância de Tsukushi, que aparece em cena e traz uma nova reviravolta na história. Kazuya é um cara do bem, sempre gentil e leal, e claramente tem uma queda por Tsukushi. Ele é um dos poucos amigos verdadeiros dela na escola e faz de tudo para protegê-la das encrencas, mesmo sabendo que ela está no meio de uma briga com os F4.

Kazuya acaba sendo arrastado para a confusão quando Tsukasa, percebendo a proximidade dos dois, fica enciumado. Ele vê Kazuya como uma ameaça, e isso gera mais tensão entre ele e Tsukushi. Kazuya, por sua vez, tenta de tudo para ganhar o coração dela, mas Tsukushi, apesar de gostar muito dele como amigo, não consegue vê-lo de outra forma. Ele é um personagem que simboliza a normalidade e a estabilidade que Tsukushi poderia ter, mas que ela acaba deixando de lado por causa de seus sentimentos complexos pelo Tsukasa e pelo Rui.

Com o passar do tempo, a Tsukushi começa a perceber que o Tsukasa não é só o valentão arrogante que ela pensava. Ele tem um lado doce, e começa a demonstrar que realmente se importa com ela de um jeito sincero. Ela vai, aos poucos, se aproximando dele, mas claro, não sem enfrentar muitos desafios pelo caminho.

A mãe do Tsukasa, por exemplo, é uma verdadeira vilã. Ela não aceita que o filho, o herdeiro de uma das famílias mais ricas do Japão, se envolva com uma garota pobre como a Tsukushi. Ela faz de tudo para separar os dois, usando todo o poder e influência que tem. E olha, ela é realmente terrível, daquele tipo de vilã das novelas.

A relação entre a Tsukushi e o Tsukasa vai evoluindo aos trancos e barrancos, com momentos de tensão, mas também com cenas fofas e divertidas. Em alguns momentos, o anime tem aquele drama típico de romance escolar, mas também traz reflexões sobre diferenças sociais, amizade e o que realmente importa na vida.

O Rui, por outro lado, continua sendo um personagem enigmático. Ele apoia a Tsukushi de longe, e em alguns momentos parece até que vai rolar algo entre eles, mas no fundo ele está mais preocupado com seus próprios sentimentos e questões. No final das contas, ele acaba sendo mais um amigo para a Tsukushi do que um interesse amoroso real.

A história vai se desenrolando com muitas reviravoltas. A Tsukushi e o Tsukasa têm seus altos e baixos, se aproximam, brigam, se afastam, mas sempre acabam se reencontrando, como se o destino estivesse sempre puxando um para o outro. E é isso que faz Hana Yori Dango ser tão viciante. Você fica torcendo pelo casal improvável para que eles finalmente fiquem juntos, apesar de todas as dificuldades.

Ah, e claro, tem as viagens para o exterior, os bailes de gala, as festas de luxo… O anime não economiza nas cenas grandiosas e dramáticas. Tudo para mostrar o contraste entre o mundo dos ricos e a vida simples da Tsukushi. Mas, no final das contas, o que realmente importa é o coração e a determinação da Tsukushi de lutar pelo que acredita, sem deixar que o dinheiro ou o status determinem seu valor.

Enfim, Hana Yori Dango é aquele tipo de história que te faz rir, chorar, gritar com a tela e se apaixonar pelos personagens. A Tsukushi é uma heroína incrível, e o Tsukasa, com todos os seus defeitos, vai te conquistando aos poucos. E o que dizer do Rui? Ele é aquele que te deixa com o coração na mão, porque você nunca sabe o que ele realmente sente.

Olha, vou ser bem sincero: Hana Yori Dango é aquele tipo de anime que, mesmo depois de anos, ainda consegue me prender de um jeito que poucos conseguem. Eu sei, eu sei, tem gente que vai dizer que a história é cheia de clichês e que os personagens fazem umas escolhas bem questionáveis às vezes. Mas, quer saber? Acho que é justamente isso que torna tudo tão divertido e viciante.

A Tsukushi Makino é uma das protagonistas mais fortes que já vi. Ela não tem medo de enfrentar quem quer que seja, mesmo que isso signifique peitar o cara mais poderoso e mimado da escola. E vamos combinar, ver ela dar aquela chacoalhada no Tsukasa Domyoji não tem preço! Essa garota é a definição de resiliência. Enquanto todo mundo ao redor dela tá preocupado com status e dinheiro, a Tsukushi só quer seguir o próprio caminho, sem se deixar intimidar. E isso, pra mim, é uma das coisas mais cativantes do anime.

Agora, vamos falar do Tsukasa Domyoji. No começo, ele é aquele típico riquinho arrogante que a gente ama odiar. Mas, conforme a história avança, dá pra ver que ele é muito mais do que isso. Ele começa a mudar de verdade por causa da Tsukushi, e essa transformação é um dos pontos altos do anime. Ver o Tsukasa, que sempre teve tudo de bandeja, se esforçar para conquistar a garota que ele ama (e, vamos ser honestos, fazer um monte de besteira no caminho) é algo que me faz torcer por ele, mesmo quando ele tá sendo um idiota.

E não posso deixar de falar do Rui, né? Ah, ele é aquele personagem que deixa o coração da gente meio dividido, né? Misterioso, tranquilo, e sempre com aquela expressão meio distante, ele te faz querer saber mais sobre o que se passa na cabeça dele. Mas, apesar de todo o charme do Rui, eu confesso que acabei ficando do lado do Tsukasa. No final, o Rui acabou sendo mais um suporte emocional pra Tsukushi do que um verdadeiro par romântico. E isso, na verdade, fez com que eu gostasse ainda mais dele como amigo dela.

E claro, o que seria de Hana Yori Dango sem o famoso F4? Os outros dois membros, Sojiro Nishikado e Akira Mimasaka, adicionam aquele tempero extra à história. Eles não estão tão no centro das atenções quanto Tsukasa e Rui, mas suas personalidades e histórias paralelas enriquecem o enredo e mostram que, mesmo no meio de todo aquele luxo e poder, cada um deles tem suas próprias lutas e dilemas.

Outra coisa que eu adorei em Hana Yori Dango foi o jeito como a história aborda as diferenças sociais. É claro que em alguns momentos tudo parece meio exagerado, mas é justamente esse exagero que faz com que a mensagem fique clara. E a Tsukushi, com sua força e simplicidade, mostra que não importa de onde você vem, o que importa é quem você é de verdade.

No final das contas, acho que o charme de Hana Yori Dango está justamente nesses personagens imperfeitos e nas reviravoltas malucas que a trama oferece. É um drama que, mesmo com todos os clichês, consegue te prender porque é real em suas emoções. A gente se vê nos conflitos dos personagens, nas decisões erradas que eles tomam, e na forma como o amor e a amizade acabam mudando tudo. Se você tá buscando algo que vai te fazer sentir um turbilhão de emoções, pode apostar que esse anime é a escolha certa!

 

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