Resenha “Caraval” de Stephanie Garber

Resenha “Caraval” de Stephanie Garber

“Caraval” de Stephanie Garber [RESENHA]

Ilustração do livro Caraval mostrando um ambiente mágico e misterioso com elementos circenses, refletindo a essência da história de Stephanie Garber.

Título original: Caraval
Escritor(a): Stephanie Garber
Série: Caraval
Editora: Gutenberg
Páginas: 352
Ano: 2022
Gênero: Fantasia, Ficção, Romance
Classificação:
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Os anos de espera acabaram: a jovem Scarlett Dragna finalmente recebeu o tão esperado convite para participar do Caraval, um evento lendário que ocorre uma vez por ano e que conta com a participação do público.

Acontece que ela e sua adorada irmã mais nova, Donatella, vivem sob a tutela de um pai tão poderoso quanto cruel, que nunca permitiu que as duas saíssem da pequena ilha onde moram. E, como se não bastasse, o pai prometeu a mão de Scarlett para um conde. O casamento arranjado faz com que ela perca as esperanças de participar do Caraval.

Ao perceber a frustração da irmã, Tella se alia a um misterioso marinheiro para levar Scarlett ao local do jogo. Mas, assim que elas chegam, a caçula é sequestrada pelo organizador do evento. Ao que tudo indica, o jogo desse ano irá girar em torno da irmã de Scarlett: vence quem encontrar Tella primeiro.

Há quem diga que os acontecimentos do Caraval não passam de uma grande performance, mas nada impede Scarlett de vivenciar amor, desgosto e magia ao lado dos outros jogadores. Se tudo é verdade ou mentira, não importa: ela tem apenas cinco noites para decifrar as pistas que a levarão até a irmã. Caso contrário, Tella desaparecerá para sempre.

Eu já tinha visto esse livro antes e ele acabou sendo mais um na minha lista infinita. Mas aí, me deparei com a série Era uma vez um coração partido da mesma autora bombando no hippie, e a capa maravilhosa chamou minha atenção. Bateu aquela curiosidade e decidi dar uma chance para Caraval, já que diziam que era uma boa começar por essa série, mesmo podendo ler de forma independente. No entanto, o que posso dizer é que, ainda bem que eu decidi começar por Caraval.

Caraval da Stephanie Garber, é um daqueles livros que te puxam para dentro da história e não te soltam mais. O negócio aqui é mistério, magia e, mais do que tudo, sobre um laço incrível entre duas irmãs. Imagina só, um lugar onde você mal pode distinguir o que é real do que não é. As irmãs mergulham nessa aventura alucinante para entrar no Caraval, um espetáculo que acontece uma vez por ano, recheada de encantos e enigmas, onde nada é o que parece.

Scarlett Dragna é uma personagem que te faz torcer por ela desde o primeiro momento. Ela é a mais velha das irmãs Dragna e vive sob o domínio autoritário de seu pai, o Governador Dragna, na Ilha de Trisda. Scarlett é cautelosa e protetora, do tipo que mede cada passo antes de dar. E não é para menos, já que ela tem que ser os olhos e os braços da Donatella, sempre protegendo a caçula de qualquer risco. Essa necessidade de manter tudo sob controle é o que faz com que ela aceite um casamento arranjado, pensando que assim, vai conseguir um pouco de liberdade e garantir a segurança para elas duas.

Scarlett é o oposto da Donatella; enquanto Donatella que é impulsiva e aventureira, sem pensar muito nas consequências, Scarlett é do tipo que pensa mil vezes antes de dar um passo, sempre de olho nos perigos. O que realmente move a Scarlett é seu forte senso de dever e lealdade, que frequentemente a faz ficar num impasse: seguir o que o coração dela deseja ou o que é esperado dela naquela situação toda sufocante em que vive. Mas, apesar de sua natureza cautelosa, a Scarlett tem uma coragem que ninguém pode negar, especialmente quando se trata de proteger aqueles quem ela ama.

O futuro sabe das coisas que desejamos, a menos que haja algo ainda maior em nosso caminho para nos afugentar.

Donatella Dragna, também conhecida como Tella, é a definição de alma livre e audácia, o tipo de pessoa que ilumina qualquer lugar com sua energia e coragem, bem diferente da sua irmã Scarlett, que é mais do tipo que pensa antes de agir e sempre leva tudo muito a sério. Imagina alguém que vive no agora, que pula antes de olhar e que adora uma aventura – essa é a Tella. Ela não tem medo de nada e sempre segue o coração, sem se preocupar muito com as consequências. O que a Tella mais quer é sentir o sabor da liberdade e experimentar tudo o que a vida tem a oferecer, longe das amarras do pai autoritário e da rotina sufocante de Trisda.

O Governador Dragna, pai das irmãs, é uma figura autoritária e controladora, exercendo uma influência dominadora sobre Trisda e suas filhas. Esse domínio se traduz em uma fonte de medo e opressão constante para elas. Ele é um homem que se preocupa profundamente com sua aparência e status, mantendo uma fachada de respeitabilidade, mas, por trás das cortinas, se envolve em atividades menos honrosas para aumentar sua riqueza e poder​​. É o clássico faz de conta que sou santo, mas não me olhe muito de perto.

A história se desenrola quando Scarlett e sua irmã Donatella recebem convites para participar do Caraval. O jogo deste ano promete como prêmio a realização de um desejo, mas há uma regra crucial: os portões se fecham à meia-noite do décimo terceiro dia, e quem chegar tarde demais não poderá participar nem conquistar o prêmio​​.

A esperança é uma coisa poderosa. Alguns dizem que é uma espécie completamente diferente de magia. Esquiva, difícil de agarrar.

Caraval não é um jogo qualquer. É uma experiência mágica que acontece secretamente, uma vez por ano, e só quem tem convite do misterioso Mestre Lenda pode entrar. Cada Caraval é uma história viva, recheada de surpresas e viradas inesperadas. Quem participa mergulha de cabeça num mundo de desafios e enigmas, tudo para chegar ao grande final. E o melhor de tudo? O vencedor leva um prêmio frequentemente algo de valor inestimável, como a realização de um desejo.

O ambiente do Caraval é mágico e surreal, cheio de ilusões, personagens enigmáticos e cenários que mudam constantemente. Nada no Caraval é exatamente o que parece ser, e os jogadores são frequentemente lembrados de que grande parte do que vivenciam durante o jogo é uma performance, embora a linha entre realidade e encenação seja incrivelmente tênue e frequentemente indistinguível.

O que quer que tenha ouvido sobre o Caraval não se compara à realidade. É mais do que só um jogo ou apresentação. É a coisa mais parecida com magia que você verá neste mundo.

O Mestre Lenda, o criador do Caraval, é uma figura misteriosa, envolta em mitos e rumores. Sua verdadeira identidade e suas motivações permanecem um mistério, contribuindo para o clima de segredos e fascinação que envolve o evento. É esse enigma todo em volta dele que deixa o Caraval ainda mais intrigante. Você tá lá, curtindo o espetáculo, e ao mesmo tempo se perguntando: “Quem é esse cara? O que ele tá planejando?”.

Durante anos, Scarlett escreve cartas ao Mestre Lenda, implorando para que ele trouxesse o Caraval até Trisda. No entanto, quando finalmente recebe uma resposta, ela está prestes a se casar. O convite para o Caraval chega de forma inesperada, trazendo ingressos para Scarlett, Donatella e um acompanhante não nomeado. Apesar de suas dúvidas, a atração pelo Caraval e a chance de escapar, mesmo que brevemente, da realidade sufocante, é irresistível.

Para a Scarlett, decidir participar do Caraval é como se colocar na linha de fogo contra o próprio pai, algo que ela teme profundamente devido às consequências brutais e abusivas que ela conhece bem demais. Tella, vendo que a irmã, apesar de seu fascínio pelo Caraval, hesitaria em participar pelo medo de contrariar o pai, bola um plano astuto. Um plano que não deixa espaço para escolha, empurrando a Scarlett para o coração do Caraval, mesmo que ela esteja se debatendo contra isso a cada passo.

Donatella desaparece logo após a chegada delas ao Caraval, e Scarlett descobre que encontrar sua irmã é a chave para vencer o jogo. Acompanhada por Julian, um misterioso marinheiro que se torna seu aliado. Juntos, eles navegam por um labirinto de ilusões, amor e traição, enquanto Scarlett se esforça para distinguir a realidade da fantasia. Cada decisão que a Scarlett toma tem consequências, e ela precisa escolher até que ponto está disposta a ir para salvar sua irmã e descobrir todos os mistérios que envolvem o Caraval.

— Faça o que quiser, Carmim, mas fique com um conselho de amigo para quando estiver lá dentro: escolha com cuidado em quem confiar; a maioria das pessoas aqui não é quem parece ser.

O que me fascina de verdade numa história é ver como os personagens se desenvolvem e evoluem. E a Scarlett? Ela é um exemplo perfeito disso. A aventura dela pelo Caraval é um desafio atrás do outro, empurrando-a para fora da zona de conforto e fazendo ela questionar tudo que ela pensava saber sobre a realidade, o amor e o que significa ser verdadeiramente livre. Ela aprende a confiar em si mesma e a questionar as regras e limites que foram impostos a ela durante toda a vida. Essa mudança é o que faz a Scarlett ser quem ela é, mostrando como ela passou de uma jovem que só aceitava o que vinha pela frente para uma mulherona decidida a pegar as rédeas do seu próprio destino.

A relação entre a Scarlett e a Donatella é um verdadeiro cabo de guerra entre a necessidade de proteção e a vontade de sair por aí vivendo tudo que a vida tem pra oferecer. A Scarlett vive num modo “mãe coruja”, tentando a todo custo evitar que Donatella se meta em encrenca. Mas aí, do outro lado, tem a Donatella, com aquele espírito aventureiro, doida pra explorar cada canto do mundo e se jogar em suas próprias histórias. Esse vai e vem de cuidados e desejos de liberdade dá o tom das decisões delas e de como cada uma encara os desafios que a vida traz durante a narrativa. É essa dinâmica que dá um tempero especial à relação delas e move boa parte da trama.

Apesar dos atritos e das diferenças, o elo entre as irmãs tem raízes fortes no amor e na lealdade. Elas não medem esforços e estão prontas para fazer o que for preciso uma pela outra. Essa relação passa por várias provas e só fica mais forte com os obstáculos que elas encaram juntas.

Cada pessoa tem o poder de alterar o destino se for corajosa o bastante para lutar pelo que deseja acima de tudo.

A história de Caraval é um verdadeiro show de magia, mistério e adrenalina. A gente mergulha de cabeça numa trama que não economiza em temas como o amor, o sacrifício, a coragem e a busca pela liberdade. As descrições vívidas e a construção de mundo imersiva transportam os leitores para um ambiente onde nada é o que parece, e cada personagem deve enfrentar suas próprias ilusões e medos. As irmãs Dragna, embarcam em uma aventura que muda tudo pra elas, cheia de obstáculos e aqueles momentos de “eita!”, onde o jogo do Caraval não é só entretenimento, não – tem a chance de tornar desejos reais, mas ó, pode sair caro. Se você curte uma história com aqueles plots twists que deixam a gente de boca aberta e com personagens que têm aquela garra, Caraval é sua escolha certa.

Ah, e só pra não esquecer, Caraval tem seus momentos de romance também. Talvez não seja o foco principal, mas tem seu papel fundamental na construção dos personagens. E o legal é que ele não tira o brilho de nada, pelo contrário, dá aquele tempero que só faz tudo ficar ainda melhor. Então, se você tá aí pensando “Será que vou ficar na vontade de um romancezinho?” (como eu estava), então posso te assegurar que se surpreenderá.

Pra quem tá na dúvida se precisa devorar a série Caraval antes de dar uma chance para Era uma vez um coração partido, eu digo: olha, não é obrigatório, MAS, tem um detalhe. Um dos personagens dá as caras no segundo livro, Lendário, então, se você vier do Caraval, vai entender bem melhor quem ele é e o que ele quer. Além do mais, você vai estar por dentro desse universo mágico que a autora criou. Então, se quer um conselho meu, eu super recomendo começar pela série Caraval.

Caraval é o primeiro livro da série, que nos leva à emocionante aventura de Scarlett. É nesse primeiro livro que a gente é apresentado para um mundo cheio de magia, enigmas e desafios sem fim, com a Scarlett no meio de um jogo cheio de mistérios pra tentar achar a irmã desaparecida. Já no segundo livro, Lendário, a história toma um novo rumo ao ser contada pela perspectiva de Tella, a irmã mais nova de Scarlett. A gente afunda mais ainda nos mistérios de Caraval, descobrindo segredos que nem imaginava, e segue a Tella nas aventuras dela, que são de tirar o fôlego e cheias de decisões que fazem a gente pensar: “Eu teria essa coragem?”.

Perguntas Frequentes

Quais são os principais temas explorados em “Caraval”?

“Caraval” explora temas como o desejo por liberdade, a luta contra a opressão, a importância da família e a linha tênue entre realidade e ilusão. O livro também aborda o poder das escolhas e as consequências de buscar seus desejos mais profundos​​.

Quem é a personagem principal em “Caraval”?

A personagem principal é Scarlett Dragna, uma jovem que vive sob o domínio tirânico de seu pai na Ilha Conquistada de Trisda. Ela é descrita como uma pessoa cuidadosa e protetora, especialmente em relação à sua irmã mais nova, Donatella.

Qual é o objetivo principal de Scarlett ao participar do Caraval?

O objetivo principal de Scarlett ao participar do Caraval é vivenciar a magia e o mistério do evento que ela sonhava desde a infância. Além disso, ela espera que o Caraval seja uma oportunidade para escapar das restrições impostas por seu pai e encontrar uma vida melhor para ela e sua irmã.

Como Scarlett conseguiu os ingressos para o Caraval?

Scarlett recebeu os ingressos para o Caraval após anos escrevendo cartas ao Mestre Lenda, o organizador do evento. Ela finalmente recebe uma resposta e os ingressos como convite para participar do jogo.

Qual é a relação entre Scarlett e sua irmã Donatella?

Scarlett e Donatella têm uma relação muito próxima e protetora. Scarlett sempre se esforçou para cuidar de Donatella e protegê-la das crueldades de seu pai. Essa relação é um elemento central do enredo, destacando temas de amor, sacrifício e lealdade familiar.

“Caraval” é um evento real ou apenas uma ilusão?

Caraval é um evento misterioso que mistura realidade com ilusão. É um jogo cheio de enigmas, magia e personagens intrigantes, onde os participantes muitas vezes têm dificuldade em distinguir entre o que é real e o que é parte do espetáculo.

Quem é o Mestre Lenda em “Caraval”?

O Mestre Lenda é o enigmático organizador e mestre de cerimônias do Caraval. Ele é uma figura misteriosa e carismática, cujas verdadeiras intenções e identidade são um dos principais mistérios do livro.

“Caraval” é adequado para todas as idades?

“Caraval” é geralmente considerado adequado para adolescentes e adultos jovens. Ele contém elementos de aventura, romance, e fantasia, mas também aborda temas mais obscuros como abuso e manipulação, o que pode ser sensível para leitores mais jovens​​.

 

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