Resenha de “Your Name”: Um Romance de Outro Mundo

Resenha de “Your Name”: Um Romance de Outro Mundo

Your Name: Quando o Destino Brinca de Trocar Vidas

Sabe aquele tipo de filme que, mesmo que você não esteja esperando muito, acaba te pegando de surpresa e te deixando de boca aberta? Pois é, Your Name foi exatamente isso para mim. Eu já tinha ouvido falar bastante sobre o filme, todo mundo comentando como era lindo e tal, mas eu não estava preparado para a enxurrada emocional que ele me proporcionou. Então, deixa eu te contar essa história que mistura romance, fantasia e aquele toque de mistério que a gente adora.

Imagina só: você tá levando sua vidinha normal, com suas preocupações diárias e, de repente, começa a trocar de corpo com uma pessoa que você nunca viu na vida. Parece loucura, né? Pois é, mas é exatamente isso que acontece com os protagonistas desse filme. E o mais incrível é que essa situação, que já é estranha por si só, se transforma em algo muito maior e mais profundo. A gente acaba embarcando numa jornada cheia de reviravoltas, mistério e, claro, muito sentimento.

Mas, olha, não se preocupe, que não vou dar spoilers logo de cara. O que posso te adiantar é que Your Name é aquele tipo de filme que vai fazer você rir, chorar e, talvez, até filosofar sobre a vida e o destino. Então, se prepara, porque a história que vou contar a seguir é daquelas que vai te prender do início ao fim. Vamos nessa?

Your Name

"Imagem do filme Your Name com os protagonistas olhando o céu estrelado."

Título original: 君の名は。(Kimi no Na wa)
Autor(a): Makoto Shinkai
Diretor: Makoto Shinkai​
Ano: 2016
Classificação:
Gênero: Animação, Drama, Fantasia, Romance​
Ler o livro:

 

A história começa com dois adolescentes, Mitsuha e Taki, que, aparentemente, vivem vidas completamente diferentes. Mitsuha é uma garota que mora numa cidadezinha no interior do Japão, chamada Itomori. Ela vive com a avó e a irmã mais nova e tá de saco cheio da vida pacata e meio sem graça que leva lá. Sabe quando você quer fugir da rotina e viver algo novo? Pois é, ela tá exatamente assim. Mitsuha sonha com a vida agitada de Tóquio, e, pra ser sincera, ela até chega a desejar isso em voz alta. Para piorar, o pai dela é o prefeito da cidade, e ela não tem uma relação muito boa com ele. Mitsuha é aquele tipo de pessoa que se sente presa, querendo algo mais da vida, algo diferente.

Do outro lado da história temos Taki, um garoto que vive em Tóquio. Ele é o oposto de Mitsuha em termos de estilo de vida. Taki leva uma vida bem corrida na cidade grande, dividindo seu tempo entre a escola, um trabalho de meio período num restaurante italiano, e saídas com os amigos. Ele é meio impulsivo, sabe? Tem um temperamento meio explosivo, mas também é muito esforçado e focado. Ah, e ele também tem uma quedinha por uma colega de trabalho, mas isso fica em segundo plano, por enquanto.

Agora vem a parte louca da história: de um dia pro outro, Mitsuha e Taki começam a trocar de corpo! Tipo, do nada, eles acordam no corpo um do outro, sem saber como isso aconteceu. Imagina só o susto que eles levaram! No início, eles pensam que tudo não passa de um sonho maluco, mas logo percebem que é real e que isso tá acontecendo com frequência.

Essas trocas de corpos criam situações muito engraçadas, principalmente porque eles precisam viver o dia a dia do outro sem levantar suspeitas. Mitsuha tem que lidar com a vida agitada de Taki em Tóquio, enquanto Taki precisa se virar com a rotina pacata de Mitsuha em Itomori.

É claro que, no começo, eles fazem várias besteiras no corpo um do outro. Mitsuha, por exemplo, fica toda empolgada por finalmente estar em Tóquio e acaba metendo o Taki em umas situações complicadas, enquanto o Taki, no corpo da Mitsuha, tem que lidar com a vida no campo e aprender umas tradições bem diferentes. Pra se comunicar e tentar manter as coisas em ordem, eles começam a deixar recados um pro outro, seja no celular, no diário ou até escrevendo na pele um do outro. É hilário ver a confusão que rola entre eles, mas também é fofo porque, aos poucos, eles começam a se entender e até a cuidar um do outro.

Mas, como toda boa história, não poderia ficar só nessa brincadeira de troca de corpos, né? Mitsuha, agora vivendo nos dias de Taki, decide ir até Tóquio em um dos momentos em que estão trocados. Ela acaba gostando da cidade, e claro, quer encontrar o Taki pessoalmente. No entanto, eles nunca conseguem se encontrar cara a cara, e a troca de corpos inexplicavelmente para de acontecer. O Taki fica preocupado, afinal, apesar de não se conhecerem pessoalmente, ele já criou uma conexão forte com ela. Então, ele decide tentar encontrá-la de verdade. O problema é que ele não sabe onde fica a cidade de Itomori, e o pior, ele começa a esquecer detalhes sobre Mitsuha, como o nome dela e até o rosto!

Ele tenta entrar em contato com a Mitsuha, mas não consegue. É como se ela tivesse simplesmente desaparecido. Desesperado, ele decide ir atrás dela e, com base nas lembranças dos dias em que esteve no corpo dela, começa a desenhar os cenários de Itomori. Com a ajuda dos desenhos e de alguns amigos, ele finalmente encontra o lugar. Mas aí vem a bomba: quando ele chega lá, descobre que a cidade foi destruída três anos antes por um cometa que se partiu e caiu sobre a região. E o mais chocante? Mitsuha e a maioria dos moradores da cidade morreram nesse desastre!

Nesse ponto do filme, a gente já tá com o coração na mão, né? Porque até então, você estava acompanhando essa história de duas pessoas que estavam literalmente vivendo a vida uma da outra, e agora descobre que elas estão separadas por três anos no tempo. Taki percebe que, de alguma forma, ele estava trocando de corpo com Mitsuha no passado, antes do desastre. Mas aí o Taki lembra de algo: o motivo pelo qual eles trocavam de corpo. A avó de Mitsuha menciona que esse fenômeno tem a ver com o “muskubi”, um termo que ela usa para descrever a conexão entre as pessoas e o destino. Taki percebe que, de alguma forma, ele pode tentar salvar Mitsuha e a cidade dela.

Ele decide ir até um santuário que a Mitsuha mencionou uma vez, acreditando que lá ele pode encontrar uma maneira de se conectar com ela novamente. E é exatamente o que acontece! No santuário, ele bebe um saquê especial que a Mitsuha ofereceu aos deuses e, de repente, ele é transportado de volta ao passado, no corpo dela, no dia do desastre.

Agora, o Taki (no corpo da Mitsuha) precisa convencer a todos na cidade a evacuarem antes que o cometa caia, mas ninguém acredita nele, claro. Então, ele, junto com seus amigos, a avó e a irmã da Mitsuha, bolam um plano pra tirar todos da cidade. É uma correria danada, com muita tensão e emoção. E o mais incrível é que, durante esse processo, Mitsuha e Taki acabam conseguindo se comunicar, mesmo estando em tempos diferentes.

No fim, graças aos esforços de ambos, eles conseguem salvar a maioria dos moradores de Itomori. O cometa cai, mas a cidade é evacuada a tempo, e Mitsuha sobrevive. No entanto, como se tudo isso já não fosse suficiente, após o evento, Mitsuha e Taki voltam a suas vidas normais, mas esquecem completamente um do outro. É como se tudo que aconteceu fosse apenas um sonho que se perdeu na memória.

Os anos passam, e a vida segue. Eles sentem que falta algo, mas não conseguem lembrar o quê. É triste, mas ao mesmo tempo lindo, porque mostra como algumas conexões são tão profundas que transcendem o tempo e o espaço. No final, depois de muita busca e vários encontros e desencontros, eles acabam se cruzando em Tóquio. E aí, numa cena final emocionante, os dois se olham e, finalmente, perguntam: “Qual é o seu nome?”

Olha, vou ser bem sincero, eu comecei a assistir achando que ia ser só mais uma animação bonitinha, com uma história leve e tal. Mas, caramba, foi muito além disso! A narrativa me prendeu de um jeito que, quando percebi, eu já estava completamente envolvido na história.

O que eu mais curti foi como o filme mistura elementos de fantasia com questões bem reais, tipo as escolhas que a gente faz na vida, o destino e as conexões que a gente cria com outras pessoas. Tudo isso sem forçar a barra, sabe? É uma história que flui naturalmente e que te faz refletir sem nem perceber. E a animação, então? Meu Deus, é de cair o queixo! Cada cena é tão bem feita que dá vontade de pausar só pra apreciar os detalhes.

Uma coisa que me marcou foi como o filme lida com a ideia de destino. É algo que, em geral, a gente acaba ignorando ou tratando como uma questão filosófica distante, mas Your Name traz isso pra perto, de um jeito que faz você realmente pensar: “E se?” E se nossas vidas estão ligadas a outras de maneiras que nem conseguimos entender? E se essas conexões forem mais poderosas do que a própria realidade? O filme brinca com essa ideia de um jeito tão bonito que é impossível não se emocionar.

Outro ponto que merece destaque é a profundidade dos personagens. Mitsuha e Taki são tão reais que parece que a gente conhece eles de verdade. Eles têm sonhos, inseguranças, medos… tudo isso faz com que seja fácil se conectar com eles. E eu acho que é exatamente essa conexão emocional que faz o filme funcionar tão bem. Você torce por eles, sofre com eles, e no final, sente que passou por uma montanha-russa de emoções junto com eles.

E olha, preciso falar da trilha sonora também. A música de Your Name é simplesmente fantástica. Ela não só complementa as cenas, mas intensifica cada emoção que a gente sente junto com os personagens. Em vários momentos, eu me peguei arrepiado, e tenho certeza de que grande parte disso foi graças à música. Dá aquele toque final, sabe? Aquele que transforma um bom filme em algo inesquecível.

E vamos falar sério, quem não gosta de uma boa história de amor? Mas o romance aqui não é aquele clichê de filme de sessão da tarde, é algo mais complexo, mais maduro. É como se o filme dissesse que o amor verdadeiro transcende tempo, espaço e até mesmo a lógica. E é exatamente isso que me deixou tão impactado.

Enfim, Your Name é mais do que só um filme bonito. É uma experiência que mexe com você, que te faz rir, chorar, pensar… e, no final, te deixa com aquele sentimento bom, quase como se tivesse feito uma viagem emocionante por um mundo diferente. Se eu pudesse, assistiria pela primeira vez de novo, só pra sentir tudo aquilo de novo. Se você gosta de histórias que emocionam e fazem a gente refletir sobre a vida, essa é uma que você não pode perder.

 

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